segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Amigo

Hoje eu lembrei de você lendo um texto sobre amigos homens, meus olhos encheram de lágrima e eu senti uma saudade imensa.
Eu queria entender o porque de morarmos tão perto e não conseguirmos nos ver, lembra que agente prometeu que não se afastaria? Então...não está funcionando.
Eu queria um dia pra gente ouvir música dividindo o fone, você criticar meu gosto musical e tomar o celular da minha mão pra colocar na rádio que você quer,
Queria jogar futebol de mãos dadas e você sair me arrastando pra comemorar o gol,
Queria um dia na biblioteca pra você tentar me explicar matemática, pra eu olhar nos seus olhos depois daquelas explicações cabulosas e dizer que eu não entendi e você me olhar sério e dizer pra eu prestar atenção,
Queria um filme pra gente não assistir, haha, pra gente achar milhões de assuntos mais interessantes,
Queria uma aula de inglês daquelas que agente não fazia nada pra você me chamar pra jogar truco, ou pra me chamar pra te dar sorte,
Queria uma daquelas nossas brigas porque eu sabia que depois faríamos as pazes,
Queria um daqueles dias em que você estava sobrecarregado de trabalhos e que vinha pro meu lado e encostava a cabeça e falava:”Cah, eu não aguento mais...”,
Queria um daqueles dias antes de ter jogo, que eu te pedia pra fazer um gol pra mim, ou aqueles em que o jogo era na escola e você me pedia pra ir ver você jogar.
Queria um daqueles abraços que quase me desmontavam, que você me girava no ar.
Queria você aqui bem perto. Que saudades do meu Muh

Hoje é dia D

“São mitos do calendário tanto o ontem como o agora, e o teu aniversário é um nascer toda a hora…” Era assim que Carlos Drummond de Andrade encarrava a vida, gostava de falar sobre o presente, e neste dia presente completaria hoje 109 anos, E aqui vai a minha singela homenagem pra esse poeta que ranto falou do amor, amor este em todas as formas: saudade, não correspondido, de mãe, de amigo ou de qualquer outro tipo, mas sempre com seu mesmo encanto. Drummond obrigada pelos bons ventos que trouxe para nós.

MÃOS DADAS


Não serei o poeta de um mundo caduco.

Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos,
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.

Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,

não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.


quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Recomeços


“Oro.
Por um encontro, um amor,
algumas continuidades e uma rotina
que nunca me tire dessas páginas, nem do sério.
É que depois de algum tempo
você já não sabe se ainda gosta tanto de recomeços.” Priscila Rôde

            Ultimamente as coisas tem andado tão confusas, sempre partilhei da ideia de para um amor dar certo ele não pode ser fácil demais, é natural do ser humano dar mais valor, mais atenção e até mais importância para aquilo que é mais difícil de se conquistar, mas tem dias que você não sabe se gosta tanto de recomeços, não sabe se ainda sustenta toda a sua filosofia de odiar a rotina, de não suportar  sempre ter certeza do que ira acontecer, talvez este seja um dia do contra, um dia em que agente gosta daquilo que nunca gostou.
   Imagem: weheartit
            Difícil... meus dias de ser do contra estão se repetindo com  frequência, talvez seja pelo curso que minha vida tem tomado, os recomeços e fins estão com um intervalo de tempo cada vez menor, a     verdade é que já não sei se aguento mais um sapo pra beijar.


terça-feira, 25 de outubro de 2011

Voltar a ser criança

       Eu me sentia diferente do que eu era da última vez em que estive naquele lugar, agora o meu andar era carregado de responsabilidades, eram tantas coisas pra se pensar que eu acabei deixando alguns amigos de lado, conforme os passos se estendiam meu corpo ia tomando um ar mais leve, as lembranças eram inevitáveis.
      Cada lugar continha suas lembranças especiais: as quadras, as piscinas, o refeitório, a biblioteca, o teatro,as salas de aula, os laboratórios e o bosque.
       A saudade que eu senti daquele tempo foi inestimável, era como se eu desejasse que a vida voltasse alguns anos, era como não querer crescer, coincidência ou não eu caminhava para assistir a peça Peter Pan.
       No início o narrador pediu a todos que voltassem a ser criança durante aquele espetáculo, e voltar a ser criança me lembrou um dos meus autores favoritos Antoine de Saint-Exupéry autor de O Pequeno Príncipe.
       "As pessoas grandes adoram os números. Quando a gente lhes fala de um novo amigo, elas jamais se informam do essencial. Não perguntam nunca: "Qual é o som da sua voz? Quais os brinquedos que prefere? Será que coleciona borboletas?" Mas perguntam: "Qual é sua idade? Quantos irmãos ele tem? Quanto pesa? Quanto ganha seu pai?" Somente então é que elas julgam conhecê-lo. Se dizemos às pessoas grandes: "Vi uma bela casa de tijolos cor-de-rosa, gerânios na janela, pombas no telhado..." elas não conseguem, de modo nenhum, fazer uma idéia da casa. É preciso dizer-lhes: "Vi uma casa de seiscentos contos". Então elas exclamam: "Que beleza!"
Imagem: weheartit
       O grande problema de quando ficamos adultos é que pouco a pouco vamos deixando os amigos de lado, muitos vão se perdendo ao longo dos anos, encontrar vocês acendeu meu lado criança, criança que busca amizade sincera, criança que está aqui para saber o som da sua voz, quais os seus brinquedos preferidos e se você coleciona borboletas, então por favor, não se esqueça de mim, nem de que eu adoro borboletas, principalmente as azuis e as amarelas.

September, 12

September, 12  By Cáh Antunes

         O sábado amanheceu chuvoso e o barulho da chuva me atrapalhava pra dormir, meus dedos dos pés estavam impacientes e já estavam pra fora da coberta afoitos para levantar, o estômago reclamava querendo café da manhã,um pijama branco com babado amarelo com bolinhas brancas e um desenho da minnie, uma blusa de moletom jogada por cima pra cobrir o frio que fazia aquela manhã, cabelo armado e bem preso, olhos pequenos com o efeito que a lente divergente do óculos causava. Era assim que eu me encontrava naquela manhã e era assim que eu pretendia ficar, a conjugação do verbo para a meu sábado era pijamar.
     Imagem: weheartit

Aquela era a roupa mais confortável que eu poderia esperar, e ficar no sofá com minha coberta rosa, era o melhor programa que me aconteceria, não havia ninguém para acalmar a tempestade que acontecia dentro de mim, ninguém que ficaria ali, de graça, deitado ao meu lado escutando os trovões, o barulho da chuva viola o silêncio do pensamento, da lembrança, da doce ignorância em planejar o futuro. Eu tenho medo, porque eu vejo que tem tanta lágrima por dentro, escondida, calada, tímida e um dia chuvoso e frio é tão pouco comparado a tudo que eu esconde atrás de um rosto discretamente limpo e doce.


         Hoje eu estava passeando pelo blog da Cáh Morandi, e este texto me chamou atenção, pela descrição da pessoa que parece muito comigo e também pelo título: “September, 12”, a data do meu aniversário, e o texto acima foi a minha adaptação.

Setember, 12 By Cáh Morandi – Texto Original

Cai uma chuva gelada por trás da vidraça. Os dedos dos pés impacientes dentro da meia de lã, as mãos se aquecendo com a xícara de café, os lábios sendo mordiscados com os dentes, um pijama velho, um moletom jogado em cima, os cabelos bem amarrados, os olhos pequenos e perdidos acompanhando o desenho que água faz no vidro da janela.Não me importo em estar assim despojada, só quero me sentir o máximo bem que puder, embora seja improvável isso acontecer em uma noite de sexta, quando o fim de semana chega e você não tem ninguém. Ninguém que vá te abraçar enquanto a chuva cai lá fora. Ninguém que vá acalmar a tempestade que acontece dentro de você. Ninguém que vá te dar a mão quando você tem tanto receio de estar sozinha. Ninguém que ficaria ali, de graça, deitado ao teu lado escutando os trovões. Por um instante você pensa que isso é tão triste, que isso pode ser tão miserável e o amor parece ser uma esmola que você pede em troca de um sorriso, por mais falso que isso pareça. Frágil, o barulho da chuva viola o silêncio do pensamento, da lembrança, da doce ignorância em planejar o futuro. Você tem medo, porque você vê que tem tanta lágrima por dentro, escondida, calada, tímida e um dia chuvoso e frio é tão pouco comparado a tudo que você esconde atrás de um rosto discretamente limpo e doce.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Bem me quer?!

Areia do mar...
Aquela bem fininha e seca, mas que no instante seguinte é molhada pela água que vem de uma onda mais forte
Eu já quis que a minha história fosse escrita ali
Na areia do mar, assim bem na beirinha, onde a água vem constantemente e leva tudo o que há,
Onde a água lava e não deixa rastros,
Pra história ficar mais fácil de apagar,
Pra não doer tanto,
Para que os erros não fossem tão carregados desse fardo amargo
Mudar meu jeito talvez fosse bem mais fácil
Mas esse meu jeito parece até que foi esculpido em madeira, e é impossível escrever em sobreposição
A verdade é que eu não consigo sobreviver com a incerteza
Não consigo apenas ignorá-la e seguir minha vida, pra mim reticências são como malqueres e só se finalizam quando a última pétala é arrancada e se tem o veredito: mal me quer ou bem me quer.
  Imagem: weheartit
 
 “Quantas chances desperdicei
Quando o que eu mais queria
Era provar pra todo mundo
Que eu não precisava            
Provar nada pra ninguém.      
Me fiz em  mil pedaços
Pra você juntar
E queria sempre achar
Explicação pro que sentia.” 
Quase sem querer- Legião Urbana
 

 

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

O Mar

O tempo vai passando cada vez mais rápido
Nossas vidas não se cruzam mais
Quem sabe no próximo fim de semana eu resolvo te encontrar
Pra matar a saudade daquele calor e daquela brisa que só você deixa em mim
Pra molhar a pele e trazer à tona as coisas boas
Pra me esvaziar das magoas, dos medos e daquilo que faz mal ao coração
Quero rolar na areia,
Quero construir castelos
Ah... Eu quero tão somente me banhar no mar
Falando assim até parece que anseio a cura pra todos os males
E pensando bem, talvez seja
Ah...O mar
Purifica e restaura a alma
Que vontade de fugir pra te encontrar
Quero matar a saudade de mergulhar no teu ser
Quero afogar as coisas ruins
Quero brincar de nadar, mas no fundo o que anseio é liberdade.

Imagem: weheartit

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Eu sei o que eu quero

Shakespeare me ensinou que não posso exigir o amor de ninguém, posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e ter paciência para que a vida faça o resto.
O grande problema é que em relacionamentos as coisas não funcionam pela lógica, dar amor não significa recebê-lo de volta, a verdade é que existem pessoas que por mais que se digam diferentes e especiais estão cobertas por máscaras e uma hora a máscara cai.
E é ai que você se da conta, o que aconteceu no meio de toda essa caminhada? Sei que as coisas não deram certo entre nós, mas usar de ignorância, isso pra mim é apelar, não fora você quem pôs fim aos sentimentos, se é que eles chegaram a existir.
Então não venha me dizer o que será da minha vida sem você, não venha me questionar se eu exagero no carinho, no amor ou no que for, até por que esse carinho exagerado não é pra você, você não tem nada a ver com meu jeito de ser.
Meu caminho pelo mundo eu mesmo traço, não venha me dizer que eu não te mostrei nada de mais, sem essa de que eu tenho que me enxergar e me colocar no meu lugar. Ora, Ora, se enxergue você, descubra quem você é, lobo em pele de cordeiro, não adianta vir com conversa mole, É você quem não tem caráter, é você que não escrúpulos, é você que é egocêntrico, Meu querido, é você quem não sabe amar.
Estão faz o favor, Cuida da sua vida, vê se me era, porque eu sei bem o que quero.